A Folha tentou obter os dados das notas com as quais os parlamentares justificam o recebimento de verbas indenizatórias. Dos 594, apenas 14 forneceram. A reportagem informa que a Câmara não fiscaliza as notas, apenas confere os valores. São esses os cavalheiros e madames que vão investigar em CPI o uso dos cartões corporativos (que, diga-se, merece ser observado a fundo).
Observar a forma como os pedidos foram recebidos diz muito sobre o quanto suas excelências prezam a prestação de contas à sociedade:
- Um assessor de gabinete fez questão de rasgar o ofício na frente do funcionário do jornal que os distribuía na Câmara. Outros tantos o atiraram direto na lixeira.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ficou irritadinho:
- "[O repórter] se outorgava, parece-me, a um papel que não cabe a um jornalista. Ele não tem poder de polícia, não representa o Ministério Público nem tampouco o Poder Judiciário. Ouvi vários líderes e dezenas de deputados e deputadas e não tenho nenhuma dúvida em afirmar que aquilo causou uma indignação, dada a atitude que podemos chamar de desrespeitosa com o Poder."
Atitude desrespeitosa com o Poder. Pois sim. O que sua excelência tem medo que apareça?
Se você é assinante da Folha ou do UOL, leia aqui a matéria inteira.
O Senado começa a divulgar os gastos de verba indenizatória nesta segunda. Mas sem os detalhes das notas, aparentemente.
"Ilícito - O ataque da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global"
"McMáfia - Crime Sem Fronteiras"
"Ensaios Céticos"
"O Operador - Como (e a mando de quem) Marcos Valério irrigou os cofres do PSDB e do PT"
"A Ética da Malandragem"
"The War Within"
"Morte e Vida de Grandes Cidades"
"Freakonomics"
"A História do Mundo em 6 Copos"
"Devagar"
"Raising Sand"
"The Complete Recordings"
"The London Sessions"
"Kind of Blue"
"Kind of Blue - A história da obra-prima de Miles Davis"
"A Love Supreme"
"A Love Supreme - A criação do álbum clássico de John Coltrane"
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