Quando o governo se empenha em saber quem vazou os dados do banco de dados-barra-dossiê para a imprensa é perfeitamente compreensível dentro de sua lógica, embora se concentrar apenas isso não vá esclarecer o caso. Quando meios de comunicação de apoio ao governo procuram caçar as fontes de quem publicou o dossiê eu acho doentio. Mas não sei como classificar a acusação feita abaixo pelo presidente, agora à tarde, em entrevista coletiva na Holanda:
- Se alguém, que eu não sei quem, roubou um documento oficial de um banco de dados e resolveu vender para um jornalista, para um jornal, para uma revista, como se fosse uma coisa fantástica de um dossiê, como se fosse uma novidade para merecer manchete, nós queremos descobrir quem roubou, sim, porque na lógica do governo nunca existiu e nunca existirá um dossiê.
Como é que é? O presidente agora acusa quem publicou o dossiê de ter pago por informações roubadas de dentro do governo? É uma acusação muito grave, essa. É o tipo de coisa que não se deve falar sem ter como demonstrar, porque está acusando alguém de receptação. Se ele tem como demonstrar, ele sabe quem foi que pegou os dados. Se não tem, foi leviandade.
Claro: sempre ele pode dizer que usou o verbo "vender" no sentido figurado.
"Ilícito - O ataque da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global"
"McMáfia - Crime Sem Fronteiras"
"Ensaios Céticos"
"O Operador - Como (e a mando de quem) Marcos Valério irrigou os cofres do PSDB e do PT"
"A Ética da Malandragem"
"The War Within"
"Morte e Vida de Grandes Cidades"
"Freakonomics"
"A História do Mundo em 6 Copos"
"Devagar"
"Raising Sand"
"The Complete Recordings"
"The London Sessions"
"Kind of Blue"
"Kind of Blue - A história da obra-prima de Miles Davis"
"A Love Supreme"
"A Love Supreme - A criação do álbum clássico de John Coltrane"
Um comentário:
E dá prá esperar outra postura de quem nunca vê nada, nunca sabe de nada e é sempre inocente?
Bota leviana nisso!
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