quarta-feira, 9 de abril de 2008

Lá e cá

Um documento do governo aponta que funcionários públicos compraram jantares caros, iPods e lingeries no cartão corporativo. Não, não é um novo dossiê brasileiro. São os resultados públicos de uma auditoria feita pelo governo americano nos cartões corporativos dos barnabés de lá, publicados pela CNN. Diz a notícia:

    A auditoria descobriu que agências do governo não souberam explicar quase US$ 2 milhões em compras, incluindo servidores de computador, laptops, iPods e câmeras fotográficas digitais.

    Quase metade das transações feitas no ano fiscal de 2006 com cartões de crédito ou débito do governo - os "cartões de compras" - foram impróprias, diz o estudo, e a auditoria considerou "inaceitavelmente alta" a "taxa de falha" em todo o governo.

Resumindo:

Lá, a questão é verificar a proporção de compras impróprias e estudar formas pra fechar a torneira.

Aqui, a briga é pra saber qual governo gastou mais e pegar o sem-vergonha que vazou pra imprensa golpista.

4 comentários:

Anônimo disse...

É assim que a banda toca na República das Bananas. Um fato curioso quanto aos gastos no cartão corporativo, pelo menos nos EUA, é a lógica um tanto que infundável. Os políticos norte-americanos que se encontram no poder, até onde se sabe, ganham e vivem muito bem. Por que então rolam esses gastos? Um suposto prazer em ganhar presentes antes do Natal? Gastar dinheiro público em proveito próprio já é uma merda, entender a ganância do ser humano então.

No Brasil é uma palhaçada só, nem tem o que discutir. E hoje, na capa do Portal Terra, a chamada dizia que é melhor manter sob sigilo os gastos da presidência. Depois dessa...(link: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2737690-EI7896,00.html)

Abraços!

Marcelo disse...

Pois é. É a ocasião que faz o ladrão, em toda parte. Sem transparência dos gastos, não dá pra identificar nem a ocasião e nem o ladrão.

Anônimo disse...

Pessoal, o erro não está no cartão mas em seu uso. Aliás, melhor com o cartão, donde se tira a origem do estabelecimento onde a compra foi efetuada. Antigamente, aqui e nos Eua, se gastava e depois justificava-se com recibos ou notas, portanto temos de ser contra o caixinha despudorado e a favor do cartão controlado. Tem político (e filho de) que diz abertamente que dinheiro público não tem dono, portanto...
O Diabo Coxo

Marcelo disse...

É exatamente isso. A questão é o controle, não é o uso ou não de um instrumento interessante.