Hoje foi aniversário de 112 anos do Correio do Povo, jornal onde comecei minha carreira no jornalismo. Tive todo tipo de função auxiliar lá dentro, no fim do século passado. Atualmente, escrevo de vez em quando para o jornal, a convite do mestre Telmo Flor, diretor de redação.
Lembro claramente de como fiquei exausto quando estavam saindo os cadernos alusivos ao centenário do jornal. Toda hora era preciso subir ao arquivo, buscar imagens, levar para a diagramação, para a fotocomposição, para o pestape. Pouco depois, mudou toda a estrutura de edição do jornal, e eu estava lá para ver o jornalismo em transição. O que antes se fazia com pelo menos 15 funcionários em cinco setores diferentes hoje se faz com uns três, direto no computador.
Lamentei quando soube que o Correio tinha sido comprado pela rede Record, de propriedade da Igreja Universal. Aparentemente, porém, a nova administração é bastante profissional nisso. Hoje li no Coletiva.Net que já anunciaram uma espécie de "nacionalização" do jornal, com uma rotativa em Brasília e (pelo que eu entendi) uma cobertura mais forte de Santa Catarina. Agora, fico na observação. Faz bem ver o otimismo do Telmo Flor, que está diretamente envolvido em todas as novidades boas.
Meu primeiro artigo assinado no jornal onde aprendi o que era jornalismo saiu no dia 17: "No Escuro". Ali, comparo o sumiço dos documentos da ditadura à falta de acesso aos documentos da democracia. É só nesse artigo que você vai ler o que o caso Renan Calheiros tem a ver com os papéis da tortura.
O legal é que no Correio a família inteira pode ler o que eu escrevo. O Los Angeles Times dificilmente chega a Porto Alegre...
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Expansão
Postado por Marcelo às 23:44
Marcadores: correio do povo, direito de acesso, jornalismo, trabalhos meus
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