Depois de uma longa deliberação, foi escolhido o sucessor de Renan Calheiros na presidência do Senado: é o senador Garibaldi Alves, do PMDB potiguar.
Garibaldi havia declarado de oposição a Lula em 2006 e anunciou que votaria pela cassação de Renan em setembro. Ex-governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi faz parte de uma família tradicionalmente próxima ao poder em seu estado.
Observando seus doadores de campanha, duas observações interessantes: Garibaldi recebeu razoáveis doações tanto da construtora Mendes Júnior quanto da CR Almeida. Foram R$ 400 mil de cada uma. A Mendes Júnior é a empreiteira que emprega Cláudio Gontijo, o amigo que deu uma força a Renan entregando os pagamentos de pensão à coelhinha Mônica Veloso. A CR Almeida é a empresa de Cecílio do Rego Almeida, acusado de ser o maior grileiro do país.
Some esse currículo à submissão do Senado ao Executivo tanto na escolha do presidente da Casa quanto no agendamento da questão da CPMF. Resultado: não espere grandes mudanças no Senado.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
O sucessor de Renan
Postado por Marcelo às 19:28
Marcadores: casa do entendimento, cultura política
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4 comentários:
Tenho um amigo chileno, ex-guerrilheiro que mora no brasil há mais de 20 anos que diz que o único jeito é dar uma de osama e jogar um avião em cima do Congresso, outro, baiano aqui do recôncavo, diz que o Brasil, só toma jeito depois de uma luta armada. Soluções radicais. Eu estou pensando em entrar para a turma que defende o voto nulo. Vou produzir panfleto e camiseta, quem sabe abrir um blogue só para isso. O que adianta um Pedro Simon, um Gabeira no meio de tanto suspeito?
Acho o voto nulo uma escolha pessoal válida, mas coletivamente é uma estratégia que não funciona. A contagem final dos votos leva em conta apenas os válidos. E os candidatos que a gente não quer ver eleitos sempre terão votos - seja por popularidade, por tradição política ou por compra de votos mesmo. Se todo mundo que deseja protestar votar nulo, mesmo assim esses candidatos terão votos - e em percentagens ainda mais gordas. Situação complicada, não? Eu confesso que eu mesmo muitas vezes não sei o que fazer. Para o Legislativo é mais fácil - sempre tem um mais razoável pra votar. Para o Executivo, prefiro escolher um candidato que não me seja inaceitável, mesmo que não tenha chance nenhuma de ganhar. Mesmo que meus escolhidos não ganhem, pelo menos ajudei a avacalhar as percentagens dos que eu não quero eleger.
(Ah, sim: eu tenho um outro fator complicante. Voto em Porto Alegre, moro em São Paulo e dificilmente consigo viajar no dia da eleição, então acabo justificando. Não é exatamente o que eu queria, mas...)
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