quarta-feira, 23 de abril de 2008

Rigor no combate ao crime digital

Três rapazes, acusados de roubar senhas bancárias na Operação Colossus, ganharam a liberdade provisória pela pena do juiz Mário Jambo. A única condição: que voltem a estudar e leiam dois clássicos da literatura brasileira a cada três meses, informa a Folha.

Bonito, né? Mas será que é eficiente?

Pelo que eu pesquisei sobre a operação, a quadrilha seria formada por 30 criminosos. Nove deles mandavam e-mails com vírus, desses pega-trouxas que todo mundo recebe todo dia pra ver se cola. (Muita gente boa cai.) Esses vírus roubavam dados de cartões de crédito e senhas bancárias. Outros 21 da quadrilha confeccionavam cartões a partir disso.

Disse o Estadão na época das prisões que a quadrilha era acusada de causar R$ 200 mil em prejuízos para duas operadoras de cartões, quatro supermercados e lojas do Natal Shopping Center.

O coitado aquele que bebeu uma garrafa de pinga de R$ 1,50 sem pagar ficou na cadeia por sete meses. Quem rouba R$ 200 mil é condenado a ler livros bons.

Eu, pessoalmente, não acredito no poder redentor da literatura - por mais que eu adore ler. Se fosse assim, já deveriam ter soltado o Marcola, o líder do PCC, que diz ter lido mais de 3 mil livros na cadeia.

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