terça-feira, 26 de agosto de 2008

Moralismo de mão cabeluda

A imprensa é a grande Geni do Brasil. Tudo vida desculpa para censura, ainda que os censores censurem até o uso da palavra censura para classificar as restrições que impõem. Vejam no Jornalismo nas Américas o que faz o moralismo brasileiro com a Geni de sempre:

    O juiz Oswaldo Freixinho, do Rio de Janeiro, proibiu a edição brasileira da revista Playboy de imprimir novas tiragens da sua edição de agosto, em que a atriz Carol Castro é fotografada de lingerie, segurando um rosário contra os seios expostos, segundo O Globo. A censura foi pedida em ação movida pelo Instituto Juventude Pela Vida, do Rio e por um padre identificado como Lodi, de Goiás.

    Ricardo Brajterman, um dos advogados que representou os queixosos, afirma que a foto “fere sentimentos dos fiéis”. Segundo ele, a decisão também ordena que a editora se abstenha de usar elementos religiosos em outros ensaios fotográficos. Em fevereiro, Brajterman também obteve na Justiça a proibição de que um carro alegórico com o tema do Holocausto desfilasse no Carnaval.

    A revista ainda não foi notificada. Após a notificação, caso descumpra a ordem, a editora poderá pagar multa de R$ 1 mil ao dia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma perguntinha: como os católicos guardiões da moral e dos bons costumes souberam desse fato? Lendo a coluna de fofocas do L' Osservatore Romano?

Marcelo disse...

Exatamente por essa dúvida é que dei o título "moralismo de mão cabeluda".