Way, WAY down inside...

Consegui passar incólume pelas Olimpíadas. Ouvi por alto piadinhas sobre a vara desaparecida, e tal, mas fora isso consegui passar duas semanas completamente alienado dos jogos de Pequim. Sinal de que a internet funciona.

A única coisa que me interessava na Olimpíada era o Jimmy Page tocando no encerramento. Mas minha carteirinha da Funai está vencida há tempo demais pra ficar acordado e ver na TV ao vivo, então peguei no YouTube.

Imensa decepção. Não foi só com a breguice do espetáculo com os dançarinos fazendo coreografias ridículas com guarda-chuva em volta do ônibus. Não, porque isso já era esperado. Não com o fato de o Jimmy Page estar com um rabinho de cavalo branco, imitando o Jon Lord. Não, até porque no show de reunião do Led Zeppelin ele estava a cara do Cid Moreira.

O pior problema é que eles me botam pra cantar "Whole Lotta Love" uma cantora cuja voz é uma cruza de Mariah Carey com Branca de Neve. A moça é até apresentável e tem pernas bem simpáticas, se descontar a estranheza de a cauda do vestido dela embrulhar a plataforma que a ergueu. Mas esse espetáculo brega inteiro é um tremendo desrespeito a quem gosta de rock. Sério: deu uma vergonha danada de gostar do trabalho do Page.

Caso queira se irritar também, veja aí embaixo, com narração de algum Galvão Bueno francês pra incomodar um pouco mais.

Meu grande orgulho é que o Deep Purple NUNCA vai me aprontar uma dessas. Até toca no Kremlin, vá lá, mas toca se dando ao respeito.