Uma das estrelas do noticiário natalino é a cobertura sobre a inadimplência - o famoso "nome sujo na praça". Neste ano, com a crise no crédito, mais ainda.
Boa parte das notícias usa tranqüilamente a expressão "nome sujo", porque é essa a expressão usada popularmente para essa incômoda situação:
- Foi lançado, nesta terça-feira, na capital paulista um novo serviço que vai ajudar quem está com nome sujo na praça. O Posto de Conciliação Extraprocessual do Trabalhador é mais uma ferramenta para quem quer sair da lista do Serviço de Proteção ao Crédito. (O Globo)
Currículo 'sincero' faz sucesso na internet
Candidato escreveu que não sabia falar inglês e estava com o nome sujo.
Ele escreveu o currículo após ficar três meses sem emprego. (G1)
Inclusão indevida
CDL responde por nome sujo mesmo se receber dado errado (Consultor Jurídico)
O cidadão pode ficar com o nome "sujo" tranqüilamente. O político não, mesmo estando processado por desvio de dinheiro público. Você deve lembrar do noticiário da eleição.
- A percepção pública é que uma associação de magistrados é a reunião das pessoas que exercem o poder judiciário, daí a enorme autoridade moral, confundível até mesmo com a instituição que os associados encarnam.
Ora, como podem aqueles que têm a missão de julgar emitir um juízo de valor antes desse pronunciamento e da própria defesa? E, por mais que o neguem, emitem — sim! — juízo de valor, que se traduz no adjetivo “suja” que acabou pespegado à tal lista. (Advogado Arnaldo Malheiros Filho, em artigo no Consultor Jurídico)
A diferença básica? Simples.
No noticiário sobre quem tem o nome sujo no SPC, você vê cidadãos falando que deixaram de pagar as contas porque não tinham emprego e depois não conseguiram emprego porque não pagaram as contas e ficaram com o "nome sujo". Você vê homens e mulheres simples assumindo suas dívidas e dizendo que querem pagá-las pra "limpar" o nome.
No noticiário sobre quem tem o nome sujo no TCU, ninguém admitia absolutamente nada. Seus advogados criticam inclusive o uso do termo, classificando-o de prejulgamento. De acordo com eles, apenas o voto popular pode julgar se um político é "sujo" ou não.
Assim, um em cada três nomes-sujos do TCU e da Justiça conseguiram o tão sonhado empreguinho pago com o dinheiro dos nomes-sujos do SPC e do Serasa.
"Ilícito - O ataque da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global"
"McMáfia - Crime Sem Fronteiras"
"Ensaios Céticos"
"O Operador - Como (e a mando de quem) Marcos Valério irrigou os cofres do PSDB e do PT"
"A Ética da Malandragem"
"The War Within"
"Morte e Vida de Grandes Cidades"
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"A História do Mundo em 6 Copos"
"Devagar"
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"Kind of Blue - A história da obra-prima de Miles Davis"
"A Love Supreme"
"A Love Supreme - A criação do álbum clássico de John Coltrane"
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