Como eu estou fora do RS há muito tempo, tem algumas coisas que eu não consigo entender.
Até há pouquinho, a governadora Yeda estava toda enrolada, certo? Certo. Aí chega novembro, dezembro, e começa a aparecer por toda parte notícias da sua milagrosa volta por cima, com o fim do déficit fiscal do estado e decisões que livraram o peso dos escândalos dos ombros de sua administração. Estranhei o grau e a rapidez da virada. Pra mim, cheirava a algo tipo "consultoria de imagem".
Aí leio que o ajuste fiscal não ajustou bem as coisas. Aí leio que o secretário das Finanças saltou fora do barco. Aí leio a história do Aeroyeda. E aí, hoje, leio isto aqui no Estadão:
- Ao extinguir o Conselho Estadual de Comunicação Social, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), exonerou o próprio marido, Carlos Crusius. O conselho havia sido criado por decreto no início do governo. Dois de seus integrantes, Paulo Fona e Isara Marques, já haviam sido exonerados. Na sexta-feira, o Diário Oficial trouxe decreto que o extinguiu definitivamente.
Na quinta-feira, o marido da governadora, que é economista, demonstrou irritação, numa reunião do primeiro escalão, por não ter conhecimento de estudo feito por uma empresa de consultoria contratada para reforçar a imagem e as marcas do governo. A governadora interrompeu sua reclamação e deu seguimento à reunião. O incidente foi revelado pelo jornal Correio do Povo. A atuação de Carlos Crusius no conselho não era remunerada.
Ou seja, existe uma consultoria de imagem envolvida (possivelmente a do José Barrionuevo, de onde saiu o atual chefe de comunicação do governo estadual). O marido da governadora foi o último a saber, e me eximo de fazer piadas de mau gosto a respeito.
Caramba, alguém aí consegue me explicar o que está acontecendo naquela terra? Claramente a operação publicitária está mais densa do que tem conseguido ser o trabalho de reportagem a respeito da situação do estado.
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