quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ataque à fraude nigeriana

Você já deve ter recebido um email assim: em inglês, completamente em maiúsculas, apresentando-se cordialmente como um "barrister" ou um parente de um ditador africano morto. Da maneira mais simpática possível, eles solicitam sua conta bancária para receber um depósito de sabe-se lá quantos milhões, trancados numa conta secreta da Suíça que eles próprios não podem acessar.

A maior parte de nós ignora, mas muita gente boa cai nisso e perde um bom dinheiro atendendo às exigências dos simpáticos barristers ou dos parentes de Sani Abacha. Na Nigéria, de onde o golpe se origina, ele é uma indústria que mantém muitos cibercafés funcionando dia e noite. Alguém deve cair. E cai.

Nesta semana, a Interpol prendeu 80 desses picaretas que mandam essas mensagens, no mundo inteiro, segundo o The Times. Foram apreendidos 8 milhões de libras - ou R$ 32 milhões - com os presos. O jornal publica uma cifra surpreendente: o Reino Unido perde 35 bilhões de libras por ano, ou R$ 140 bilhões de reais, com esses pilantras. Dinheiro que não acaba mais.

Este mapa mostra onde moram os responsáveis por esse tipo de picaretagem só no Reino Unido.

O que move esse tipo de golpe é a ganância - do picareta e da vítima, ambos querendo ganhar dinheiro fácil. Há alguns gênios que conseguem virar o feitiço contra o feiticeiro e fazer os picaretas pagarem micos fenomenais antes de verem que o pato é mais esperto que eles, informa o Times.

Veja como funciona neste vídeo:

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