- “Eu vi as melhores mentes da minha geração destruídas pela loucura, esfomeados nus e histéricos, arrastando-se pelas ruas negras no poente à procura de um rancor injetável".
Há 50 anos, uma decisão judicial considerou que o livro "Uivo", do poeta americano Allen Ginsbergh, não era indecente e tinha "importância social redentora". Para marcar os 50 anos da decisão, uma rádio americana transmitiu a leitura de trechos dele - mas só na internet, visto que no rádio a Federal Communications Commission poderia dar uma alta multa por obscenidade, informa o New York Times na reportagem "'Uivo' em uma era que teme a indecência". O livro começa com o trecho acima.
Compare isso com o politicamente correto, que é de certa forma uma conseqüência direta no meio acadêmico dos movimentos libertários dos anos 60, que por sua vez eram inspirados no movimento beat dos anos 50 - que gerou o Uivo e On The Road.
Será que os americanos estão mais puritanos hoje do que seus pais e avós? Aliás, será que o mundo inteiro está sobrecaretizando também? Vale a pena pensar nisso. E vale a pena ler a matéria do New York Times. Compare-a com esta matéria da The Economist sobre o "paternalismo soft" que vem se tornando uma tendência mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário