A BBC informa que um casal de gordinhos foi barrado ao entrar na Nova Zelândia.
- Richie Trezise, um especialista em cabos submarinos contratado pela Telecom neozelandesa na Grã-Bretanha, só pôde entrar no país depois de uma dieta radical para perder 5 centímetros de barriga.
No entanto, a esposa dele, Rowan, continua na Grã-Bretanha impedida de se reunir com o marido porque não conseguiu passar no teste do Índice de Massa Corporal (IMC), reconhecido internacionalmente como o padrão para avaliar o grau de obesidade. O cálculo é feito através da divisão do peso (em quilos) da pessoa pela altura ao quadrado (em metros).
O IMC de Richie Trezise era 42, o que, segundo as recomendações da imigração neozelandesa faziam dele um paciente de obesidade mórbida. As autoridades da Nova Zelândia costumam proibir a entrada de pessoas com IMC maior que 35.
Há também uma recomendação sobre o diâmetro da cintura dos imigrantes: para homens, o máximo são 102 centímetros, enquanto mulheres não podem ter mais do que 88 cm.
Rowan Trezise continua na Grã-Bretanha, em dieta. De acordo com a família, se até o Natal ela não conseguir ter a entrada aprovada, Richie Trezise deve desistir do emprego e voltar para casa.
O departamento de Imigração da Nova Zelândia afirmou não saber informar o número de pessoas que tiveram o processo de imigração recusado pelas autoridades por causa de obesidade.
Trezise foi contratado na Grã-Bretanha para um emprego altamente especializado e atualmente é um dos quatro técnicos da Telecom para melhorar a qualidade da conexão a cabo entre a Nova Zelândia e a Austrália.
Ou seja: eu, por um fio, quase não entraria na Nova Zelândia até recentemente. Meu IMC até poucas semanas estava algumas casas decimais acima de 35. E eu nem me destaco muito pela circunferência.
No meu dicionário, pelo menos, esse tipo de coisa é discriminação. Do pior tipo, cerceando o direito de ir, vir e trabalhar por conta de uma característica pessoal do imigrante que, se ele não cair por cima de ninguém, prejudica só a ele próprio. Num mundo minimamente saudável, não deveria ser tarefa dos governos se meter na vida do cidadão a esse ponto.
O que os leitores pensam a respeito? Everton, continua achando razoável?
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Um comentário:
absurdo mesmo!
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