O mercado do ensino superior no Primeiro Mundo está a cada dia mais competitivo. Para atrair alunos, universidades de qualidade que por um ou outro motivo não estão entre as mais obviamente procuradas têm utilizado vários tipos de incentivos. No Reino Unido, pelo menos duas recorreram ao bom e velho rock inglês dos anos 70.
Primeiro foi a Universidade de Durham, que contratou Jon Lord para compor um concerto alusivo à história da universidade. Fundador do Deep Purple, seu membro em todas as encarnações até 2002, Lord se aposentou do rock para se dedicar à composição de música orquestral. Em suas composições, seguindo a senda aberta por ele já em 1969 com o "Concerto for Group and Orchestra", ele funde todas as linguagens musicais pelas quais já passou. Jazz, rock, clássico... é tudo música, segundo Lord pretende provar.
Após sua estréia, que foi em 20 de outubro, o Concerto será apresentado depois de hoje em países exportadores de estudantes, para popularizar a universidade entre os estudantes estrangeiros.
Agora, é o astrofísico Brian May, mais conhecido por ser guitarrista do Queen, que se tornará reitor da Universidade John Moores de Liverpool a partir de 2008. A reitora anterior era Cherie Booth, mais conhecida pelo sobrenome do marido: Blair.
Encanecidas as melenas, os incendiários do rock dos anos 70 passaram a ter uma vida mais contemplativa - seja olhando as estrelas ou harmonizando orquestras. Ainda têm nomes populares. Mas será que isso é o bastante para atrair jovens para estudar nessas universidades? Vale a pena ficar de olho.
(Se a moda pega, periga colocarem Caetano Veloso como reitor da UFBA.)
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Disputando estudantes a golpes de guitarra
Postado por Marcelo às 01:31
Marcadores: sociedade da informação, sociedade do espetáculo
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