Não sou fã de listas dos melhores disto e melhores daquilo, porque sempre deixam coisas boas de lado. Mas sou apaixonado por música.
Vi hoje na livraria ao lado de casa o livro "1001 discos para ouvir antes de morrer", de Robert Dimery. Folheei, indo direto ao índice onomástico. Não consigo deixar de procurar o Deep Purple - que na minha vida ocupa o lugar reservado pela média dos cidadãos de bem ao futebol.
- Blackmore, Ritchie - 205, 256, 262
Gillan, Ian - 205, 256 e 262
Na 205, tem o In Rock (1970), onde o Deep Purple escancarou as portas do rock pesado. Na 262, tem o Made in Japan (1973), um dos melhores discos ao vivo de toda a história do rock, onde o Deep Purple provava tudo o que sabia fazer. Na 256 tem... o disco Construção, do Chico Buarque.
Alguma coisa estava errada ali. Será que o livro original tinha o Chico Buarque? Será que a edição brasileira colocou o Chico no lugar de um disco do Deep Purple?
Se a lógica do livro é cronológica, entre os dois discos que entraram estaria o Machine Head (1972), disco mais vendido de toda a história do Deep Purple, gravado em Montreux e que tem pela primeira vez a gravação de "Smoke on the Water". Há um belo documentário sobre como o disco foi produzido. Ou seja, fez história.
Resolvi conferir e pesquisar na internet. Encontrei a lista completa dos discos representados no livro original. Lá estava o Machine Head. Não estava o Construção.
Não achei, mas também não procurei, nenhuma menção sobre alterações na edição brasileira. Mas podiam ter um mínimo de cuidado para não deixar pistas no índice onomástico.
Na era da informação, exige-se muito mais cuidado de quem edita informação. Porque as pontas soltas aparecem com bem mais facilidade.
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