Durante décadas, o mundo viveu dependente do petróleo como principal combustível para transporte. Pouco se experimentou com outras tecnologias. Agora, várias guerras e crises econômicas depois, na caída de ficha de uma crise ambiental, começa-se a falar em diversificar as fontes de combustível.
O Brasil entra com força no debate porque é o país que primeiro experimentou com o álcool combustível em grande escala. Muita gente festeja. Mas também se fala em outras tecnologias possíveis.
Mal é anunciado o primeiro ônibus movido a álcool, também se fala que há planos de usar no Rio ônibus movidos a células de hidrogênio, na Copa do Mundo de 2014. E faltam apenas sete anos.
O Financial Times publica hoje um artigo de Ricardo Haussmann, diretor do Centro de Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, sobre biocombustíveis. Segundo ele,
- o etanol é um composto químico inconveniente que é corrosivo e solúvel em água, limitando assim seu mercado imediato ao de aditivo à gasolina. Entretanto, estamos apenas na fase Betamax da indústria. Há muito capital sendo investido para encontrar maneiras mais eficientes de extrair energia da biomassa e utilizá-la para sistemas de energia e transporte.
Haussmann vê diversas vantagens nos biocombustíveis - e uma das principais é o fato de eles serem renováveis e trazerem potenciais benefícios sociais.
Achei interessante a comparação com a Betamax, aquela tecnologia de videocassete que concorria com o VHS até que este se estabeleceu por ter uma tecnologia mais aberta a todos os produtores de filmes. Embora tenha durado mais, o VHS também foi uma tecnologia intermediária. Hoje, uns 20 anos depois do boom, quase ninguém mais utiliza.
Ainda há muito o que avançar, em termos de pesquisa, na questão energética como um todo.
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