quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Outras novidades do NYT

O Russo provocou ali embaixo: bilheteria de cinema é um assunto meio bobinho. Ainda mais em se tratando de Hollywood.

Concordo em parte. Mas o que eu queria, na verdade, era chamar a atenção para coisas interessantes que o New York Times vem fazendo em termos de apresentação de dados, até mesmo numa área que costuma ser coberta com alguma frivolidade (figurinos, efeitos especiais, casa/separa). No Brasil, geralmente, a cobertura mais aprofundada de artes e espetáculos é na forma de resenhas. Há pouca reportagem sobre os bastidores, mas há, ainda que geralmente sem usar bancos de dados.

Vale a pena dar uma olhada no guia da pré-campanha eleitoral americana que eles fizeram. Neste aqui, está creditado o dedo do Aron Pilhofer, repórter especializado em bancos de dados com quem tive algumas ótimas conversas em Londres, há alguns meses.

Tudo feito com informação pública. Tudo mais revelador do que muito off. São caminhos muito interessantes, os que se abrem à nossa frente.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ha, desse jeito eu vou ficar famoso. :-P

Marcelo, talvez meu outro comentário tenha saído com um tom meio ácido - acho que eu estava meio com pressa e várias outras preocupações na cabeça, eu só não quis deixar passar em branco.

Com certeza a apresentação que eles bolaram foi bem legal. Acho que a acidez maior é mais com a frivolidade generalizada da atualidade, e acabei descontando no comentário. Sorrreeyy

Vou dar uma olhada nas coisas de campanha.

E já que estamos falando de visualizações, talvez você goste dessa aqui:

http://xkcd.com/388/

Não é inovadora, mas... :-)

Marcelo disse...

Não se desculpe - eu entendi e gostei do comentário. Tanto que aprofundei o negócio aqui neste post.

Anônimo disse...

Uma coisa que eu acho que a gente não vai ver no NYT ou em nenhum outro jornal mainstream de lá (hmm, espero não morder a língua agora) é algo tipo: a comparação do crescimento de gastos com a guerrinha do Junior no Iraque versus a grana para reconstrução de New Orleans depois do Katrina, por exemplo.

Ou os gastos com saúde e educação (isso é mais provável que tenha em algum lugar). De verdade, eu não tenho acompanhado muito a mídia de lá porque de um tempo para cá gasta-se tanto tempo separando o bullshit do horseshit que no fim se paroveita muito pouco. Mas ei, eu tentei até disfarçar, mas eu SOU o garoto enxaqueca ;-)

Marcelo disse...

Não sei. Não tenho como te dar certeza absoluta disso, mas acho que já li algo estabelecendo essa relação muito rapidamente alguma vez. Mas lembre que são rubricas diferentes do Orçamento - e a grana da guerra é desproporcional a qualquer outra coisa, tal como a do pagamento de juros no caso do Brasil. Também é aparentemente mais fácil resolver os problemas de New Orleans do que os de Bagdá. O que é mais comparável é a enchente de New Orleans com os incêndios da Califórnia - o Katrina dos pobres e o dos ricos. Não sei se já foi comparado isso em termos de orçamento.

Anônimo disse...

Marcelo, eu estava tirando o pó de uns feeds RSS, achei isso aqui:

http://www.portfolio.com/views/blogs/odd-numbers/2008/02/26/q-amp-a-anatomy-of-a-graphic

Uma entrevista com a pessoa aparentemente responsável pelo gráfico :-)

Marcelo disse...

Essa é a que fez o dos filmes. Muito legal.