A Casa Civil encomendou e o Gabinete de Segurança Institucional produziu um documento de 20 páginas cheio de argumentos para justificar a não-divulgação dos gastos feitos durante o governo FHC com o cartão corporativo. É a terceira explicação preparada pelo governo sobre eles, informa a Folha.
Esses gastos, segundo a ministra Dilma Rousseff classificados como "reservados", deviam ser públicos após cinco anos. Foram objeto de pedido de informações encaminhado por este blog e alguns dos seus leitores. Até hoje, nenhum de nós recebeu resposta direta.
Para o GSI, os gastos da Presidência se equiparam aos documentos do regime militar: caso tratem de informações sobre a intimidade, vida privada, honra e imagem de alguém, devem ter "acesso restrito à pessoa diretamente interessada ou, em se tratando de morto ou ausente, ao seu cônjuge, ascendentes ou descendentes"
Mantendo-se essa orientação, se daqui a 100 anos alguém quiser estudar os bastidores do Planalto no final do século 20/começo do século 21, vai ter que pedir autorização aos tatataranetos do FHC e do Lula.
Ou seja: no meio político, pode-se saber, montar bancos de dados e usar o dossiê em seus jogos de salão. O que complica é a possibilidade de eu, você e nossos vizinhos sabermos. Aí é ilegal, imoral e engorda.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Malabarismo para não prestar
Postado por Marcelo às 09:28
Marcadores: cultura política, direito de acesso, gente que não presta, test-drive de acesso
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