Olá a todos que chegaram ao blog por conta do comentário no Notícias MTV. Hoje, falei sobre o filme "Lula, o Filho do Brasil", que conta a infância e juventude duras do presidente. O filme estréia em janeiro de 2010, o ano da eleição pra definir quem vai ficar com a cadeira dele - Lula e Dilma agradecem, obviamente.
Apontei algumas coincidências entre as empresas que financiam a produção do filme, sem pedir incentivo fiscal, e as que financiaram a campanha do presidente em 2006.
A Revista Época contou quem são os financiadores do filme. Uma empresa que financiou o filme e que eu não mencionei no comentário foi a Volkswagen, onde Lula trabalhou e teve forte atividade sindical. Quem diria: 30 anos depois...
Alguns vídeos com imagens da filmagem já estão no YouTube, como este:
Mas vamos ao que interessa: recursos pra conhecer melhor a política.
Você pode verificar quem foram os doadores da campanha do Lula em 2006 no site Às Claras, da Transparência Brasil. Estão lá as principais doadoras de recursos do filme. Fuçando um pouco no site, dá pra ver pra quem mais essas empresas doaram. Como elas doam para políticos de vários partidos, já viu. Mas vai ser interessante ver a reação da politicada toda quando o filme estrear. Fiquem de olho.
O filme é baseado no livro "Lula, o Filho do Brasil", da jornalista Denise Paraná. A obra foi editada no primeiro ano do primeiro mandato do presidente, pela editora Perseu Abramo, que pertence ao PT.
A autora entrevistou o Lula e vários de seus parentes para contar as dificuldades da vida do político, desde que saiu do semi-árido nordestino até fundar o PT. O filme, porém, termina antes disso - no episódio em que ele está preso por ter organizado uma greve no ABC e sua mãe morre. Um delegado federal, que mandava lá na cadeia, deixou ele sair do xadrez para ir ao enterro. Por acaso, trata-se do hoje senador Romeu Tuma.
Isso é uma coisa interessante de observar, até pra ver o quanto política não é uma área onde a lógica de torcida possa valer.
No início do governo Lula, Tuma era do PFL, que depois virou o Democratas, de oposição ao presidente. Alegando falta de espaço, ele saiu para fazer parte do PTB, que é da base governista. O filho do senador, Romeu Tuma Júnior, acabou virando secretário nacional de Justiça.
O mundo, afinal, gira, e política no Brasil é isso mesmo. O importante é ficar de olho, sempre, no que eles fazem com o cheque em branco que receberam na urna.
- LEIA MAIS: Pra quem chega ao blog hoje
4 comentários:
Encontrei seu blog no Twitter e do blog do Doria.
Não vi este seu comentário no Notícias-MTV.
Sabe, na eleição de Lula, estava até torcendo por ele. Mas depois percebi que as pessoas não sabem lidar com o poder sem se corromper.
E infelizmente, não diferente com ele.
Esse é mais ou menos o ponto. Quanto mais informação houver e quanto mais gente estiver de olho, mais difícil fica a corrupção. O negócio é ficar de olho sempre.
Para que fazer um filme do Presidente que ainda é vivo alias muito vivo, para ser lançado em ano político?
Será se é para Levantar Bandeiras do Pt ou do Brasil, ou devemos imitar nossos políticos nunca saber de nada , estudar para que se posso ser político....o poder corrompe pena que nossa justiça não é soberana.
Boa tarde!!! Acredito eu, que os filmes nao precisam ser feitos somente qdo a pessoa morre, mas tbém para os vivos... Lula é uma prova viva que teve uma vida pior que a nossa, retratando dessa forma, que qdo somos persistentes, chegamos ao topo... é isso...
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